


Há muita maneira de fazer greve sem prejudicar utentes... Num sector como o dos transportes seria tão fácil de arranjar essa alternativa... Por exemplo, ao invés de realizarem a greve nas horas de ponta (quando praticamente toda a gente utiliza passe), porque é que os senhores da Soflusa não fazem greve em horas normais, em feriados ou em fins-de-semana, altura em que a maioria dos passageiros compra bilhete? Não seria essa uma forma muito mais eficaz de prejudicar a empresa, causando um transtorno muito menor a quem precisa da m€rd@ dos barcos para vir trabalhar? Pessoalmente nem sequer me sinto muito atingida pela greve já que o Patrãozinho é bastante compreensivo e sabe que não posso fazer nada mas, na maioria dos casos não é assim...
Além do mais, dizendo que o período de greve é de duas horas por turno e, sendo o horário de greve este que vos mostro, quer-me parecer que os senhores da SOFLUSA não sabem fazer contas...
Desculpem-me se nada disto que estou a dizer faz muito sentido ou se, por acaso, estou a magoar a consciência social de alguém mas ao fim da 5.ª greve este ano (atenção que não é o 5.º dia de greve, mas sim a 5.ª greve) a minha consciência social foi dar uma ganda volta...
No cumprimento de mais um compromisso de agenda social, lá foi Atlantys Maria ontem à noite marcar presença na antestreia de Casino Royale, o 21º filme da saga James Bond. Tenho que começar por dizer que foi uma estreia absoluta pois o meu conhecimento da saga resumia-se às tardes domingueiras a vegetar em frente à TV quando não tinha mais nada para fazer e, foi por isso a primeira vez que vi um James Bond no cinema. Ainda não foi desta que fiquei fã incondicional da saga mas, confesso que fiquei agradavelmente surpreendida e gostei mais do que achei que iria gostar.
Achei um bocado sem sentido a questão ser no 21.º filme da saga que se explica a origem do 007 e a razão de ele ser como é. No entanto, e segundo uma das pessoas que estava comigo “ESTE É O MELHOR 007 DE SEMPRE!!!”. O filme é longo – são cerca de 2h30m – e para o final já estava um bocadito farta mas ainda assim não me causou sono.
Um dos aspectos que normalmente marca os filmes da saga é a canção-tema e, de repente consigo lembrar-me de 4 das que mais me ficaram no ouvido Diamonds are forever (Shirley Bassey), View to a kill (Duran Duran), Goldeneye (Tina Turner) e Tomorrow never dies (Sheryl Crow). Desta vez não me parece que a musica (You know my name – Chris Cornell) fique no ouvido como normalmente se pretende, mas eu também não percebo nada disto... Resumindo, não dei o tempo por perdido, de todo.
Agora a parte da apreciação gaija ao novo intérprete de James Bond... Daniel Craig vence e convence como James Bond. Que não tem o ar lavadinho de Pierce Brosnan e tem mais ar de mafioso originário dos países de leste do que espião de terras de sua majestade, é um facto inegável. Mas, acho que é precisamente o ar de bad guy (sempre tive um fraquinho pelos vilões
) que lhe dá um je ne sais quoi bastante convincente. Ou seja, o carisma -
- (chama-lhe carisma pois...
) necessário a qualquer 007 que se preze.
Um pequeno aparte – a cena da tortura até a mim (que sou gaija) fez impressão, não sendo por isso aconselhável a meninos fácilmente impressionáveis...
Imagem daqui.